O Centro de Interpretação das Linhas de Torres (CILT) é um espaço museológico polinucleado que tem como objetivo salvaguardar, estudar e promover o património das Linhas de Torres enquanto sistema de defesa militar que ditou a derradeira retirada do exército napoleónico de Portugal, naquela que ficou conhecida como a 3.ª invasão francesa - um dos episódios mais marcantes da Guerra Peninsular.
Situa-se no centro histórico da vila de Sobral de Monte Agraço, outrora, palco de um dos mais expressivos combates entre as tropas aliadas (portuguesas e inglesas) e as tropas francesas – o combate de Sobral.
O CILT participa ativamente na gestão da Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT) e na sua dependência direta está o Circuito de Visita do Alqueidão. A partir dele é, também, possível conhecer o Percurso de Wellington e obter informação acerca de outros percursos da Rota Histórica das Linhas de Torres.
Estudar, documentar, preservar e comunicar, através do próprio espaço expositivo, do Circuito do Alqueidão e da dinamização de atividades pedagógicas, a memória histórica das Linhas de Torres, com especial enfoque para os acontecimentos que tiveram lugar na região de Sobral de Monte Agraço em 1810.
Faz, ainda, parte da sua missão colaborar na criação de boas práticas e na gestão e promoção da Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT), na qualidade de membro fundador da RHLT – Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres Vedras.
Proteger, salvaguardar e gerir o património municipal das Linhas através de trabalhos de arqueologia, conservação, história, museologia, manutenção do coberto vegetal e restauro das estruturas militares.
Dar a conhecer o papel das Linhas de Torres na História de Portugal através de visitas guiadas e atividades socioeducativas dirigidas a públicos específicos.
Fomentar a realização de iniciativas culturais (esporádicas e anuais) sobre a temática das Linhas de Torres, Invasões Francesas e Guerra Peninsular.
Promover a dinamização do património pela sociedade promovendo o seu uso por professores e investigadores para ali realizarem atividades ou por outros cidadãos.
Estabelecer parcerias com outras instituições, com vista à investigação e ao desenvolvimento de um produto turístico e cultural inovador.
Contribuir para o desenvolvimento de uma oferta turística qualificada.
Cooperar na criação e organização de iniciativas públicas ou privadas relacionadas com o touring cultural e paisagístico, turismo de natureza, gastronomia e vinhos de forma a adotar as melhores práticas para desenvolvimento do Turismo da região.
A exposição tem início com um pequeno filme documental que pretende situar o visitante no período histórico com referências à chegada de Napoleão ao poder, aos planos de conquista da Europa, à rivalidade hegemónica com Inglaterra e ao contexto em que Portugal surge nesta disputa, sendo o seu território invadido e as suas gentes subjugadas por uma força estrangeira.
Ao longo da exposição contam-se histórias de 1810, num local que fora palco do combate mais expressivo – o Combate de Sobral - do período em que o inimigo assediou o sistema de fortificações de campanha mais eficaz da História Europeia: As Linhas de Torres.
A sala 1 aborda a construção, estratégia e operacionalidade militar das Linhas de Torres enquanto sistema defensivo erguido a norte de Lisboa, com especial enfoque para os fortes do distrito militar de Sobral de Monte Agraço, em particular o Forte do Alqueidão onde Wellington estabeleceu o seu posto de comando.
Na sala 2 destacam-se episódios, personagens, sítios e edifícios que marcaram a vivência desta região numa época conturbada para a história portuguesa mas que culminou decisivamente para a retirada das tropas francesas e do Marechal Massena da frente das Linhas de Torres e, posteriormente, do território nacional.